sexta-feira, 18 de março de 2011

iep contesta exploração da área da praia do porto

Desde 2005 o grupo IEP – Imbituba Empreendimentos e Participações LTDA, tem autorização da Marinha do Brasil para exploração da área. A empresa representa, no município, um consórcio de empresas paulistas com maior interesse em investir em Imbituba.

Desde sua implantação no município e anúncio da exploração das terras da Praia do Porto, o maior problema tem sido a revolta dos pescadores e moradores da região que não acham correto não poderem vender, melhorar ou até mesmo construir, no que dizem ser seu.
Segundo Rodrigo Maurício Francisco, Supervisor Administrativo Financeiro, faz muitos anos que estas terras têm sido exploradas, antigamente era pela Cia. Docas e desde 2009 pelo IEP. Nesta época alguns pescadores já tinham seus barracos na área e sempre foram autorizados a fazer manutenções nos mesmos. Porém, não podem vender e nem construir.
A polêmica foi retomada esta semana com a colocação de uma placa que marca a área total do local e  informa que na área não se pode construir e muito menos vender. “Toda e qualquer alteração nos ranchos de pescadores devem ter nossa autorização. A maioria dos moradores e pescadores vem até nós e recebem esta autorização quando se trata de pequenos reparos”, informa Rodrigo.
Segundo Rodrigo, a intenção é retirar os moradores do local, pois há projetos para a área. “Dois moradores do local já foram indenizados, e deixaram suas casas. Todos deverão ser indenizados, essa foi uma resolução tomada por nós  e deve ser cumprida. Há cerca de 40 pessoas morando no local”, declara.
O supervisor diz que há 13 processos na justiça contra pessoas que lá residem ou apenas possuem seus  barracos de pesca.
Os pescadores alegam desrespeito à colocação da placas, e querem o direito de poder construir e reformar suas casas e barracos. Foi fundada uma Associação dos Pescadores da Praia do Porto que defendem esse direito.
Retrospectiva - O projeto aprovado é para um terminal com um berço de atracação, ocupando apenas uma parte do terreno. Tem todas as autorizações da Antaq, Fatma  e Marinha. No ano de 2009 foi realizada uma audiência pública na Câmara de Vereadores do Município para dar explicações aos pescadores que estavam muito assustados com o que se comentava na região. A IEP, como já foi dito, é consórcio de empresas liderado por uma construtora de São Paulo e  pode investir US$ 1,2 bilhão na implantação de uma indústria naval em área anexa ao Porto de Imbituba. O estaleiro deve gerar 5 mil empregos na região

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