O gás de cozinha está aumentando de preço pela segunda vez em quatro meses em Santa Catarina.O reajuste acumulado médio, no período, é de 15%, bem acima da inflação oficial, que ficou em 6,01% nos 12 meses terminados em fevereiro.
O repasse deste mês está oscilando entre 4% a 6%, dependendo da distribuidora. Ou seja, o consumidor está pagando, em média, R$ 2,20 a mais no botijão de 13 quilos, o mais comum nas residências.
O reajuste foi estabelecido pelas distribuidoras de gás — Ultragaz e SHV Gás são as líderes no mercado no Estado. Jorge Magalhães de Oliveira, presidente da Associação das Revendedoras de Gás de Santa Catarina (ARGAS-SC) diz que o aumento pegou as empresas de surpresa, porque elas não esperavam um novo reajuste em tão pouco tempo.
O último aumento foi registrado em dezembro, quando o botijão de 13 quilos subiu de R$ 42 para R$ 46, em média. Hoje, o botijão pode ser encontrado a aproximadamente R$ 46,20.
Conforme informações disponibilizadas pelo Sindicato Nacional das Distribuidoras de Gás (Sindigás), a alta contraria as estimativas divulgadas pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que em reunião no início do mês, descartou a possibilidade de inflação nos preços do gás de cozinha até o fim de ano.
O presidente da ARGAS-SC confirma que o valor não aumentou nas refinarias e que as distribuidoras alegam que o repasse cobre custos operacionais. Ele justifica que o reajuste médio de 5% para o consumidor é o mesmo que chegou às revendedoras.
— O mercado não tem como absorver esse preço. Já recebemos muitas reclamações, principalmente, dos donos de pequenos mercados e gaiolas de gás, os "diskgás" —revela Oliveira.
O gás de cozinha está mais caro em todos os estados do país. Em Santa Catarina, como o reajuste vem sendo repassado em datas diferentes pelas distribuidoras, ainda é possível encontrar o botijão no preço antigo. Até o final de março, todas as revendedoras do Estado terão repassado o aumento ao consumidor
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